Reunindo antigas tribos*
“Meço o valor de um homem pela medida em que ele
se liberta do seu próprio eu.”
Albert Einstein
Interessante ler uma frase como esta, vinda de um cientista. O grande nome da física, que acreditava que Deus se revela através da harmonia das leis da natureza; e excluía a possibilidade de livre-arbítrio dos seres humanos; chega sorrateiramente ao século XXI – com um pensamento antigo que se encaixa perfeitamente à nossa realidade.
Estamos vivendo um tempo especial, em que as forças da Mãe estão nos impulsionando cada dia mais rumo ao entendimento de quem somos e de qual realmente é nosso papel enquanto Seus filhos, viventes e atuantes nesta nova egrégora planetária.
Libertar-se do próprio eu não significa deixar de lado as peculiaridades mais íntimas de cada um – abstendo-se das buscas individuais do ser. Significa, sim, soltar-se das amarras vivenciais que a sociedade ocidental nos impõe desde muito pequenos; onde tudo é melhor e mais precioso quando na primeira pessoa. O coletivo (o “nós”) fica a cargo de pequenos grupos que, em conseqüência de sua pré-organização, acabam por dominar os espaços vagos; deixando ao grande círculo apenas a poeira de suas investidas.
Já está mais do que na hora de sairmos um pouco da frente de nossos Caldeirões e olharmos para o mundo que pulsa à nossa volta. E grita aos nossos ouvidos, pedindo por atitudes. Atitudes maduras e (por que não?) radicais. Afinal, muito estamos ouvindo que os pagãos precisam de união; que os pagãos precisam se organizar; que os pagãos precisam de uma voz mais ativa e altiva. Sim, precisamos de tudo isso.
Contudo, torna-se realmente complicado querer que todas as árvores do bosque voltem-se para o mesmo sol, quando temos entre nós algumas (bem jovens, diga-se de passagem) com raízes tão antigas e retrógradas. Que quando chamadas à luta olham para o lado como se nada tivessem a ver com propósito abordado. Escondem-se atrás de seus mantos para que a luz não possa refletir a covardia em suas faces.
“Somos o Povo Antigo. Novo Povo. Juntos de novo!” já diz a canção de Claudiney Prieto. Somos o Novo Povo dançando com as antigas canções. Juntos? Nem tanto. As canções são muito bonitas, muito tocantes... Mas tristemente vemos que ficam apenas num momento perdido do espaço (generalizando, claro). E enquanto o “umbigocentrismo” comandar as ações pagãs; enquanto o “eu” (dos Meus princípios, das Minhas verdades, do Meu grupo...) falar mais alto do que o “nós”/povo; isso será uma realidade. E cada vez mais nos distanciaremos do chamado da Mãe, deixando que grupos mais organizados – que sabemos bem quais são – retomem o poder que estão hoje perdendo à velocidade da luz.
Unir esforços e compartilhar conhecimento, para mim, são os grandes pilares do Paganismo; quando ao passo que defendemos os valores de nossos Clãs, levantamos também a bandeira do Arte que se faz da união de TODOS os filhos do Grande Útero – independente das “verdades” de cada um.
Dar as mãos somente durante ritos coletivos não é mais o suficiente. A integração deve ser verdadeira e muito mais profunda, abrangendo outras áreas da vida – a sociedade como um todo. Ou a sombra de nossos mantos terá que ser grande o bastante para nos acomodar quando (novamente) formos trancados em nossas tocas. O que não está longe, pois neste mês, na Grã-Bretanha, a Igreja Católica lançou uma cartilha chamada “Wicca e Bruxaria: compreendendo os perigos.”**; um material que, segundo a mídia local, servirá para “curar as bruxas”, sendo uma referência principalmente aos pais que tiverem filhos adolescentes “atraídos” pelo paganismo.
Ser Bruxa é uma doença que deve ser curada, meus caros. Isso lhes lembra algo???
A grande (re)ascensão do Paganismo está andando a passos largos e, novamente, estamos incomodando os donos do poder sobre as massas. Aliás, até quando estes ficarão com todo o poder nas mãos? A resposta é simples: até o dia em que NÓS, pagãos, resolvamos de uma vez por todas assumir nosso papel diante da responsabilidade que temos enquanto Sacerdotes e Sacerdotisas dos Deuses; enquanto Seus representantes/servos na Terra.
Nos libertarmos dos nossos “eus”, como bem disse Einstein,
é nossa missão maior como filhos da Grande Deusa.
Os pés são muitos...
Que rastros, afinal, deixaremos registrados na história que estamos escrevendo?
Abençoados sejam os que dançam juntos!
Honda
PEIXES.2011
*REUNINDO ANTIGAS TRIBOS é o slogan da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PAGANISMO – ABRAPA, fundada em 08 de Fevereiro de 2011, tendo como missão principal exatamente a união dos muitos braços pagãos em prol da cultura Pagã e suas vertentes; em prol da defesa de nossas Tradições, de nossos Dogmas. ASSOCIE-SE! JUNTE-SE A ESTA CAUSA! Maiores informações: abrapa@live.com ou 51 30240008.
**Matéria original: Daily Mail/UK - http://www.dailymail.co.uk/news/article-1353517/Catholic-Church-issues-guide-convert-Harry-Potter-witches-Christianity.html#ixzz1Ese2B3DL
“Meço o valor de um homem pela medida em que ele
se liberta do seu próprio eu.”
Albert Einstein
Interessante ler uma frase como esta, vinda de um cientista. O grande nome da física, que acreditava que Deus se revela através da harmonia das leis da natureza; e excluía a possibilidade de livre-arbítrio dos seres humanos; chega sorrateiramente ao século XXI – com um pensamento antigo que se encaixa perfeitamente à nossa realidade.
Estamos vivendo um tempo especial, em que as forças da Mãe estão nos impulsionando cada dia mais rumo ao entendimento de quem somos e de qual realmente é nosso papel enquanto Seus filhos, viventes e atuantes nesta nova egrégora planetária.
Libertar-se do próprio eu não significa deixar de lado as peculiaridades mais íntimas de cada um – abstendo-se das buscas individuais do ser. Significa, sim, soltar-se das amarras vivenciais que a sociedade ocidental nos impõe desde muito pequenos; onde tudo é melhor e mais precioso quando na primeira pessoa. O coletivo (o “nós”) fica a cargo de pequenos grupos que, em conseqüência de sua pré-organização, acabam por dominar os espaços vagos; deixando ao grande círculo apenas a poeira de suas investidas.
Já está mais do que na hora de sairmos um pouco da frente de nossos Caldeirões e olharmos para o mundo que pulsa à nossa volta. E grita aos nossos ouvidos, pedindo por atitudes. Atitudes maduras e (por que não?) radicais. Afinal, muito estamos ouvindo que os pagãos precisam de união; que os pagãos precisam se organizar; que os pagãos precisam de uma voz mais ativa e altiva. Sim, precisamos de tudo isso.
Contudo, torna-se realmente complicado querer que todas as árvores do bosque voltem-se para o mesmo sol, quando temos entre nós algumas (bem jovens, diga-se de passagem) com raízes tão antigas e retrógradas. Que quando chamadas à luta olham para o lado como se nada tivessem a ver com propósito abordado. Escondem-se atrás de seus mantos para que a luz não possa refletir a covardia em suas faces.
“Somos o Povo Antigo. Novo Povo. Juntos de novo!” já diz a canção de Claudiney Prieto. Somos o Novo Povo dançando com as antigas canções. Juntos? Nem tanto. As canções são muito bonitas, muito tocantes... Mas tristemente vemos que ficam apenas num momento perdido do espaço (generalizando, claro). E enquanto o “umbigocentrismo” comandar as ações pagãs; enquanto o “eu” (dos Meus princípios, das Minhas verdades, do Meu grupo...) falar mais alto do que o “nós”/povo; isso será uma realidade. E cada vez mais nos distanciaremos do chamado da Mãe, deixando que grupos mais organizados – que sabemos bem quais são – retomem o poder que estão hoje perdendo à velocidade da luz.
Unir esforços e compartilhar conhecimento, para mim, são os grandes pilares do Paganismo; quando ao passo que defendemos os valores de nossos Clãs, levantamos também a bandeira do Arte que se faz da união de TODOS os filhos do Grande Útero – independente das “verdades” de cada um.
Dar as mãos somente durante ritos coletivos não é mais o suficiente. A integração deve ser verdadeira e muito mais profunda, abrangendo outras áreas da vida – a sociedade como um todo. Ou a sombra de nossos mantos terá que ser grande o bastante para nos acomodar quando (novamente) formos trancados em nossas tocas. O que não está longe, pois neste mês, na Grã-Bretanha, a Igreja Católica lançou uma cartilha chamada “Wicca e Bruxaria: compreendendo os perigos.”**; um material que, segundo a mídia local, servirá para “curar as bruxas”, sendo uma referência principalmente aos pais que tiverem filhos adolescentes “atraídos” pelo paganismo.
Ser Bruxa é uma doença que deve ser curada, meus caros. Isso lhes lembra algo???
A grande (re)ascensão do Paganismo está andando a passos largos e, novamente, estamos incomodando os donos do poder sobre as massas. Aliás, até quando estes ficarão com todo o poder nas mãos? A resposta é simples: até o dia em que NÓS, pagãos, resolvamos de uma vez por todas assumir nosso papel diante da responsabilidade que temos enquanto Sacerdotes e Sacerdotisas dos Deuses; enquanto Seus representantes/servos na Terra.
Nos libertarmos dos nossos “eus”, como bem disse Einstein,
é nossa missão maior como filhos da Grande Deusa.
Os pés são muitos...
Que rastros, afinal, deixaremos registrados na história que estamos escrevendo?
Abençoados sejam os que dançam juntos!
Honda
PEIXES.2011
*REUNINDO ANTIGAS TRIBOS é o slogan da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PAGANISMO – ABRAPA, fundada em 08 de Fevereiro de 2011, tendo como missão principal exatamente a união dos muitos braços pagãos em prol da cultura Pagã e suas vertentes; em prol da defesa de nossas Tradições, de nossos Dogmas. ASSOCIE-SE! JUNTE-SE A ESTA CAUSA! Maiores informações: abrapa@live.com ou 51 30240008.
**Matéria original: Daily Mail/UK - http://www.dailymail.co.uk/news/article-1353517/Catholic-Church-issues-guide-convert-Harry-Potter-witches-Christianity.html#ixzz1Ese2B3DL
