Em uma comunidade Pagã do Orkut foram levantadas algumas questões, respondidas por mim em Agosto de 2010. Transcrevo-as aqui para os amigos leitores:
"Paganismo no nosso mundo atual?" - vejo com muito bons olhos, se olharmos pelo lado da expansão da Cultura e das Religiões Pagãs. Afinal, em pouco tempo (comparando com os séculos de práticas reprimidas) temos abertura para falarmos sobre Paganismo, bem como abrir espaços para ajudar outros no caminho, sendo muitas vezes espaços públicos e abertos - como no caso de muitos grupos que se reúnem pelo Brasil todo, em parques públicos, para debater assuntos e celebrar ritos sagrados.
"Demasiada comercialização por parte dos mídia?" - a mídia também tem dois lados nesta questão, sob meu ponto de vista: um lado da mídia que denigre nossa imagem, colocando-nos em jornais e revistas no mesmo "pacote" de seres pequenos que matam em nome de um "ideal"; o outro daqueles que decidem viver NA Arte, PARA a Arte e DA Arte, fazendo de seus aprendizados um meio de vida e sustento, levando a outros grandes possibilidades de evolução em suas vidas - e assim temos tarot, cromoterapia, reiki, chakraterapia, cursos, escolas, e mais uma infinidade de trabalhos que são "comercializados" por aqueles que tomam por Norte a Arte como um todo. Como em todo lugar e filosofia espiritual-religiosa há aqueles que visam somente o ganho financeiro, mas não podemos fechar questão nestes, e sim nos que trabalham para expandir conhecimento e ajudar com o que aprenderam.
"Pouco divulgado no mundo atual?" - muito pelo contrário. Creio que há divulgação até demais! Com o crescimento da interação virtual, por exemplo, uma grande massa de pessoas pode hoje abrir uma página na internet e divulgar o que bem entender - seja sério ou não. De qualquer forma, a divulgação está crescendo a cada dia, inclusive com TVs transmitidas pela rede que tem o foco centrado no Paganismo.
"Muito ou pouco discriminado?" - não tanto como há 20 anos, mas ainda num grande número. Ainda há muitas pessoas distantes do real significado de nossa Cultura e Religião. Exatamente aí entram duas forças opostas: a grande mídia que em todas as oportunidades lança temas como "Pessoa é morta em ritual de Magia"; e grupos sérios de estudo e prática que trabalham exatamente para desmistificar o Paganismo - entrando aqui palestras, cursos e demais trabalhos oferecidos para trazer mais para perto da essência Pagã aqueles que a desconhecem.
"O que precisa de ser mudado e o que podemos nós, praticantes, fazer para mudar o que está errado?" - parece tolo, mas os grandes responsáveis, hoje, sobre os problemas e engodos que envolvem o Paganismo são os próprios Pagãos (sem generalizar, claro). Então, realmente, somos nós que temos que fazer algo e não o restante da sociedade. Enquanto tivermos Pagãos (sozinhos ou em grupo) querendo "brilhar" mais do que os outros; enquanto for mantido o ranço com as culturas patrifocais; enquanto se deixar passar em branco ataques da mídia; enquanto se buscar poder ao invés de evolução; enquanto pessoas que nascem hoje e amanhã são Sacerdotes e Sacerdotisas (radicalizando, óbvio)... Teremos os mesmos problemas - e cada vez maiores. Infelizmente, SEMPRE a minoria colocará em xeque o trabalho da maioria. Isso é fato e é do ser humano olhar o todo pelas partes. Por isso buscamos nos melhorar – para aprender a olhar o todo e não só as partes.
FINALIZANDO:
Nossa Cultura, nossa Religião e nossa Arte, quando as seguimos e compreendemos verdadeiramente, nos levam pelo caminho da compreensão absoluta das coisas que nos rodeiam e envolvem. Hoje se vê muitos Bruxos e Pagãos de outras linhagens atrás de poder, poder e mais poder. Que poder, afinal, é este?! Sobre os outros? Financeiro? Ou seria uma capa para esconder quem realmente são?! Nossa primeira e grande busca é pela evolução espiritual, pelo redescobrimento de quem somos e o que fazemos aqui.
Não somos seguidores e adoradores da Deusa e da Grande Arte para fazermos o partiarcado e patrifocado se reduzirem a pó. Mas sim para caminharmos juntos. Este é o primeiro ensinamento da Deusa: em Sua magnânima saberdoria e amor, Ela gera o masculino, Seu oposto eternamente complementar. O Sagrado Feminino que tanto é defendido hoje nunca morreu. Ficou ali, entremeado entre as novas culturas que surgiram, aguardando o tempo de despertar - o hoje! Faremos, portanto, o mesmo que fizeram com nossos ancestrais? Aniquilaremos aqueles que não pensam como nós, relegando a eles o chão onde pisamos?! Por quê?! Por birra? Por DISCRIMINAÇÃO???
A "Consciência Pagã" da qual tantos levantam a bandeira está nesta essência, nestas raizes, nesse sentimento: de REUNIR os opostos que foram separados em épocas antigas. E não há outra forma de fazer isso senão a interação destes opostos.
RESPEITAR a Religião ao lado se faz primordial, porque ali há uma razão de existir - e os Deuses não trazem nada à Terra de graça, mas sim para aprendermos um pouco mais.
E graças a Eles podemos ver hoje famílias onde a miscigenação de crenças é bela e feliz. Famílias que são metade Pagãs, metade Cristãs; metade Pagãs, metade Budistas - e por aí vamos!
Sim, a mudança deve partir de nós. E somente com RESPEITO e COMPREENSÃO conseguiremos reerguer os Pilares do Paganismo sobre a Terra.
"Paganismo no nosso mundo atual?" - vejo com muito bons olhos, se olharmos pelo lado da expansão da Cultura e das Religiões Pagãs. Afinal, em pouco tempo (comparando com os séculos de práticas reprimidas) temos abertura para falarmos sobre Paganismo, bem como abrir espaços para ajudar outros no caminho, sendo muitas vezes espaços públicos e abertos - como no caso de muitos grupos que se reúnem pelo Brasil todo, em parques públicos, para debater assuntos e celebrar ritos sagrados.
"Demasiada comercialização por parte dos mídia?" - a mídia também tem dois lados nesta questão, sob meu ponto de vista: um lado da mídia que denigre nossa imagem, colocando-nos em jornais e revistas no mesmo "pacote" de seres pequenos que matam em nome de um "ideal"; o outro daqueles que decidem viver NA Arte, PARA a Arte e DA Arte, fazendo de seus aprendizados um meio de vida e sustento, levando a outros grandes possibilidades de evolução em suas vidas - e assim temos tarot, cromoterapia, reiki, chakraterapia, cursos, escolas, e mais uma infinidade de trabalhos que são "comercializados" por aqueles que tomam por Norte a Arte como um todo. Como em todo lugar e filosofia espiritual-religiosa há aqueles que visam somente o ganho financeiro, mas não podemos fechar questão nestes, e sim nos que trabalham para expandir conhecimento e ajudar com o que aprenderam.
"Pouco divulgado no mundo atual?" - muito pelo contrário. Creio que há divulgação até demais! Com o crescimento da interação virtual, por exemplo, uma grande massa de pessoas pode hoje abrir uma página na internet e divulgar o que bem entender - seja sério ou não. De qualquer forma, a divulgação está crescendo a cada dia, inclusive com TVs transmitidas pela rede que tem o foco centrado no Paganismo.
"Muito ou pouco discriminado?" - não tanto como há 20 anos, mas ainda num grande número. Ainda há muitas pessoas distantes do real significado de nossa Cultura e Religião. Exatamente aí entram duas forças opostas: a grande mídia que em todas as oportunidades lança temas como "Pessoa é morta em ritual de Magia"; e grupos sérios de estudo e prática que trabalham exatamente para desmistificar o Paganismo - entrando aqui palestras, cursos e demais trabalhos oferecidos para trazer mais para perto da essência Pagã aqueles que a desconhecem.
"O que precisa de ser mudado e o que podemos nós, praticantes, fazer para mudar o que está errado?" - parece tolo, mas os grandes responsáveis, hoje, sobre os problemas e engodos que envolvem o Paganismo são os próprios Pagãos (sem generalizar, claro). Então, realmente, somos nós que temos que fazer algo e não o restante da sociedade. Enquanto tivermos Pagãos (sozinhos ou em grupo) querendo "brilhar" mais do que os outros; enquanto for mantido o ranço com as culturas patrifocais; enquanto se deixar passar em branco ataques da mídia; enquanto se buscar poder ao invés de evolução; enquanto pessoas que nascem hoje e amanhã são Sacerdotes e Sacerdotisas (radicalizando, óbvio)... Teremos os mesmos problemas - e cada vez maiores. Infelizmente, SEMPRE a minoria colocará em xeque o trabalho da maioria. Isso é fato e é do ser humano olhar o todo pelas partes. Por isso buscamos nos melhorar – para aprender a olhar o todo e não só as partes.
FINALIZANDO:
Nossa Cultura, nossa Religião e nossa Arte, quando as seguimos e compreendemos verdadeiramente, nos levam pelo caminho da compreensão absoluta das coisas que nos rodeiam e envolvem. Hoje se vê muitos Bruxos e Pagãos de outras linhagens atrás de poder, poder e mais poder. Que poder, afinal, é este?! Sobre os outros? Financeiro? Ou seria uma capa para esconder quem realmente são?! Nossa primeira e grande busca é pela evolução espiritual, pelo redescobrimento de quem somos e o que fazemos aqui.
Não somos seguidores e adoradores da Deusa e da Grande Arte para fazermos o partiarcado e patrifocado se reduzirem a pó. Mas sim para caminharmos juntos. Este é o primeiro ensinamento da Deusa: em Sua magnânima saberdoria e amor, Ela gera o masculino, Seu oposto eternamente complementar. O Sagrado Feminino que tanto é defendido hoje nunca morreu. Ficou ali, entremeado entre as novas culturas que surgiram, aguardando o tempo de despertar - o hoje! Faremos, portanto, o mesmo que fizeram com nossos ancestrais? Aniquilaremos aqueles que não pensam como nós, relegando a eles o chão onde pisamos?! Por quê?! Por birra? Por DISCRIMINAÇÃO???
A "Consciência Pagã" da qual tantos levantam a bandeira está nesta essência, nestas raizes, nesse sentimento: de REUNIR os opostos que foram separados em épocas antigas. E não há outra forma de fazer isso senão a interação destes opostos.
RESPEITAR a Religião ao lado se faz primordial, porque ali há uma razão de existir - e os Deuses não trazem nada à Terra de graça, mas sim para aprendermos um pouco mais.
E graças a Eles podemos ver hoje famílias onde a miscigenação de crenças é bela e feliz. Famílias que são metade Pagãs, metade Cristãs; metade Pagãs, metade Budistas - e por aí vamos!
Sim, a mudança deve partir de nós. E somente com RESPEITO e COMPREENSÃO conseguiremos reerguer os Pilares do Paganismo sobre a Terra.
