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    COSTUMES E DEVOÇÕES DOS CIGANOS - artigo de setembro.2010 em covenanimus.com

    Bruxa Honda
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    Mensagem  Bruxa Honda Qui Set 23, 2010 12:56 am

    Costumes e Devoções dos Ciganos

    Os povos ciganos em geral preocupam-se com o que é realmente necessário, e possuem grande desapego aos bens materiais. Embora seja necessário à sobrevivência e conforto de todos, por serem altamente espiritualizados, colocam em segundo plano tais bens.
    Nossa união garante nossa cultura e tradição, e mesmo entre grupos e clãs diferentes, fala mais alto o ‘ser cigano’. Existem leis ciganas que são seguidas por todos os grupos do planeta, em qualquer lugar.
    Todos se ajudam. Se assim não fosse, é possível que nossa cultura já tivesse deixado de existir, a exemplo de outras vastas e ricas culturas que desapareceram do mundo para sempre.


    OS CLÃS

    Os Clãs são a grande família cigana, a base da organização do nosso povo. O clã é a primeira hierarquia que os ciganos aprendem a seguir. Nos clãs, exerce o comando o homem mais capaz, porque prezamos acima de tudo a inteligência e sabedoria. Cada clã tem um chefe supremo (geralmente o homem mais velho e sábio, o ‘barô’) ou um grupo de líderes (os ‘kakus’, sábios e feiticeiros), que tomam as decisões importantes em conjunto, sempre visando o melhor para o clã. As decisões são sempre deliberadas por homens, não havendo opiniões femininas nessas ocasiões e nem na Kris-Romani (uma espécie de tribunal criado para julgar os mais diversos assuntos).

    Os clãs são autônomos: eles se ajudam, mas não há estrutura governamental; também não existem títulos de nobreza. Às vezes encontramos alusões a reis e rainhas ciganos, e chamamos assim de ‘reis’, ‘barões’,’ rainhas ciganas’ aos que merecem esse tipo de tratamento por serem sensatos, estando realmente de acordo com as leis ciganas, e por serem pessoas queridas dentro dos clãs, inteligentes e amigas; mas essas pessoas são chamadas assim por carinho, não por terem um título oficial, o que também não é necessário, pois a palavra de um cigano vale mais do que cartórios, leis e afins!


    ÉTICA NOS CLÃS

    Falar de ética entre os ciganos é falar da própria essência do nosso povo. A palavra de um cigano é suficiente, pois ela é sua riqueza e a demonstração de seu caráter. Principalmente se a palavra dada é de um indivíduo mais maduro e experiente, seus conselhos são ouvidos e respeitados, pois afinal, ele tem a responsabilidade da transmissão oral dos ensinamentos. Nossos velhos são sábios, o nosso passado vivo, mesmo que não sejam propriamente do nosso clã.

    Essas pessoas maduras e sofridas, que a sociedade gadjó (não ciganos) evita e rejeita, são as pessoas que mais respeitamos. Elas têm lugar de destaque, são os nossos conselheiros e atuam no ‘tribunal de justiça’. Ditam a ética entre membros do clã, assim como ditam o amor à liberdade e vários outros tópicos de nossas normas de conduta, como ‘não se envolver em nenhuma atividade política’ ou que ‘não respalde os direitos de nosso povo’. Por isso os ciganos, mesmo abrindo mão do nomadismo e vivendo aparentemente como gadjós, não se envolvem em rixas e não gostam de brigas ou badernas, ensinando sempre que se deve viver e deixar viver.


    HIERARQUIA E REGIME DOMÉSTICO

    As mulheres são a personificação perfeita da figura cigana. Não gostamos de cortar os cabelos, pois, como eles nascem do alto da cabeça, estão naturalmente imantados com a nossa energia mais pura, e cortando-os, perdemos a nossa força, inclusive para a magia.

    São comuns os vestidos com grandes decotes. As ciganas quase sempre têm seios volumosos que, além de afirmar a força feminina, mostram a disposição que temos para a vida, pois o seio tem o papel de sustentar os novos ciganos que nascem. Da cintura para baixo, somos consideradas ‘impuras’ (merimê), por isso usamos saias rodadas e longas.

    A sexualidade é muito importante para os ciganos, e ter filhos é a função prioritária do sexo. Como nosso povo tem uma moral conservadora, a mulher cigana casa-se muito cedo. Os casamentos são firmados em acordo entre dois clãs. Ainda que hoje seja comum, é desaconselhado o casamento com não ciganos, para perpetuar nossa crença e costumes, e evitar a discriminação.

    Os casais unidos pelo matrimônio em nossa lei, não se separam, não vivem em concubinato e são muito discretos em público. A esposa cigana está sempre a servir seu marido, algo comum em todos os clãs.
    O dinheiro ganho pela mulher cigana é todo entregue ao marido como cumprimento de seu dever. No caso de clãs em que as famílias vivem juntas, o marido divide o dinheiro ganho pela sua família com o chefe do clã.

    No regime doméstico, o papel da mulher é de suma importância. Só ela pode castigar fisicamente os filhos e netos, caso seja necessário. A mulher mais velha do clã, a senhora ‘bába’, é figura fundamental, já que ninguém toma nenhuma decisão sem a consultar, como pessoa do clã e como ‘shuvani’, fazedora de magia. As meninas são tratadas como princesas, aprendendo as artes divinatórias e as magias. As mães lhes ensinam cartomancia, quiromancia, hierarquia e as preparam para serem esposas fiéis, mães amantíssimas e queridas, e mulheres prestativas ao clã.

    Os pais tocam, cantam e ensinam as funções masculinas aos filhos homens, e também a hierarquia do clã. Os meninos, a partir dos sete anos, já podem sair com seus pais para o trabalho de sustento da família.

    O avô transmite aos mais jovens histórias que narram o passado do nosso povo; a avó ensina a magia, o uso de ervas e cuida das mulheres grávidas do clã. Ambos os avós ensinam, juntamente com os pais, o romani (dialeto cigano), e fazem com que os ciganos desde bem novos, falem o mais perfeitamente possível o idioma do país onde vivem, o que fazem com sotaque e entonação característicos


    CRENÇAS DOS CIGANOS

    Costumamos assimilar as religiões do lugar onde vivemos, mas sem modificar a nossa própria essência. Naturalmente místicos, a religiosidade faz da nossa forma de resolver os problemas do dia-a-dia. Cultuamos os antepassados, tememos o ‘olho-mau’, acreditamos na reencarnação e no ‘baji’, a força do destino diante do qual não adianta lutar.

    A devoção a Santa Sara é o aspecto mais importante e universal da religiosidade cigana. Conta uma lenda que Sara era uma rainha egípcia. Outra história, muito mais conhecida, narra que no ano 50 d.C, estavam numa embarcação atirada ao mar na costa da Palestina, sem remos e sem provisões, as santas Maria Jacobina, Maria Salomé, Maria Jacobé e ainda José de Arimatéia e Sara, uma escrava. Desesperadas, as três santas puserem-se a chorar. Então, Sara tirou o lenço que trazia na cabeça e prometeu que, se todos se salvassem ela passaria o resto de seus dias a servir Jesus como sua escrava, jamais andando com a cabeça descoberta. Milagrosamente a barca sem rumo atravessou o oceano e aportou em Petit Rhône (foz do rio Ródano, na Camargue, no sul da França), hoje Saintes Maries de la Mer (Santas Marias do Mar). Sara cumpriu sua promessa e teve sua história divulgada pelas próprias santas.

    Considerada pelo Vaticano como santa de culto regional, Sara nunca passou pelos processos de canonização. Tampouco se sabe o que levou o povo cigano a elegê-la sua padroeira universal. Contudo, é impossível negar a semelhança da santa com a deusa Kali, a negra, venerada pelo povo hindu. Santa Sara, venerada com o mesmo louvor, também é negra, daí ser conhecida como Sara Kali, É interessante observar como o povo cigano, mesmo não sendo tradicionalmente constituído por negros, assume como sua padroeira uma santa negra.

    Todo cigano tem, em sua tsara (ou casa), uma imagem de Santa Sara Kali. Todos usam também medalhas da santa, pedindo sua proteção. A ela oferecem frutas, flores e incensos, e fazem a ela muitas orações para pedir graças e agradecer as mesmas. Em Saintes Maries de La Mer, a padroeira universal dos ciganos é festejada no dia 24 de maio na cerimônia que se chama “Dalto chuçar diklô” (Te trarei um lenço bonito), que é um presente comum que se dá em agradecimento), na qual se pede saúde, prosperidade e outras graças.

    No Brasil, a nossa padroeira nacional é Nossa Senhora Aparecida, cuja imagem é de uma santa negra. Os ciganos no Brasil costumam dizer que ‘falar mal de Nossa Senhora Aparecida diante de um cigano é puxar briga!’ Assim, tanto no Santuário de N. S. Aparecida para os brasileiros quanto na Catedral de Santes Maries de La Mer, os ciganos têm o compromisso de ir nem que seja uma única vez em sua vida!


    OS RITOS DE PASSAGEM

    Falar sobre os ritos de passagem é falar sobre o modo como os ciganos medem o tempo, que não é contado pelo calendário de 365 dias dos gadjós. Para nós, o que mais importa é o tempo em que alguém nasceu, casou, viveu ou morreu. Quando algum desses eventos acontece, todo o clã está presente. Se estivermos acampando, uma fogueira brilhará no centro do acampamento, ao lado de uma mesa farta com pães ,vinho, sal, carne e doces. Muita música virá de violinos, palmas e danças.
    Assim, os principais ritos de passagem, que coincidem em todos os clãs, são principalmente os de NASCIMENTO, CASAMENTO, MORTE e SLAVA.


    NASCIMENTO:

    Em qualquer grupo cigano, é grande a alegria que envolve o nascimento de uma criança, porque ela é considerada a continuação de nosso povo. Para a família é da maior importância quando o primogênito do casal é homem, pois com ele o pai ganha autoridade e prestígio, e a mãe deixa de ser ‘bori’ (nora) e ganha privilégios iguais aos das ciganas mais velhas.

    O cuidado com o nascimento começa quando a cigana engravida, cabendo às velhas ciganas fazerem as magias, massagens com óleos diversos, as garrafadas especiais, as orações e o preparo das ervas para que a mãe tenha uma ‘boa hora’ acompanhada dos ancestrais, para que a criança nasça bonita, saudável, e que a mãe também fique bela após o parto. Os cuidados são intensos: grávidas não trabalham com magia, não podem ver coisas feias, não sabem de notícias ruins e comem primeiro a melhor comida.

    Quando o neném aparece, o ritual do primeiro banho é esperado e preparado com ansiedade, chama-se o ‘Banho da Prosperidade’’. Ele é realizado depois do banho de higiene normal. O bebê é colocado em outra banheira com água limpa, onde são colocadas pétalas de rosas brancas, jóias de ouro em grande quantidade e gotas de mel. Esse banho tem um simbolismo importante. A água pura dá uma vida transparente, purificada e rica de saúde. Com as jóias, o bebê apanha energia do ouro e isto faz com que ele seja feliz financeiramente. As pétalas de rosa são para que ele tenha uma vida perfumada, bem-sucedida em tudo e principalmente no amor, tendo muita paz. Com o mel, uma energia doce é transmitida ao bebê, para que sua vida seja doce, livre de sofrimentos e que ele mesmo seja uma pessoa doce para o seu povo.

    Enquanto o bebê é banhado pela mãe, as outras mulheres rezam orações para Santa Sara e diversas outras, para que o banho tenha o efeito desejado. Após o banho, todos se recolhem em oração enquanto a mãe descansa do parto. Quando ela acordar haverá uma festa, onde todos se reúnem em energia positiva mais uma vez, para desejar uma vida doce ao bebê.

    Ao dar a primeira mamada ao filho, a mãe cigana sopra no ouvido da criança seu nome mais secreto. Mais tarde, a mãe apresenta um nome com o qual a criança irá ficar conhecida pelos clãs, e ainda um terceiro nome que ela irá usar somente no mundo dos gadjós. Desta forma é diferenciada sua identidade cigana.

    O segredo do primeiro nome é mantido até que a criança faça sete anos. Caso a mãe morra antes, o segredo é levado com ela, garantindo a segurança do filho contra magias malignas que possam atingi-lo.


    O CASAMENTO:

    Na maioria das vezes, o casamento é escolhido e combinado pelos pais, levando em conta muitos fatores importantes, como a capacidade de ganhar dinheiro da noiva e o caráter do homem. Quem escolhe a noiva é quase sempre a mãe do noivo. Raramente os escolhidos rejeitam a proposta. Isso é possível, mas não o fazem por respeito, tanto pela tradição, quanto pela confiança na sabedoria de seus pais, quanto à previsão magística que é levada em conta quando se escolhem os parceiros ao casamento, assim indicando o melhor para o casal e a grande evolução que adquirirão vivendo juntos. O pedido de casamento é feito pela família da moça, e a do noivo deve pagar um dote em compensação pela ‘perda’. A moça passa a pertencer à família do marido, e só pode voltar à convivência dos seus se enviuvar.

    Em alguns clãs mais tradicionalistas, antes do casamento, a noiva é submetida ao ‘teste de rontamento’, que é um ritual em que se verifica a sua virgindade. O teste é feito pela madrinha de batismo e sem toque físico. Se a moça não é mais virgem é formada a ‘Kris-Romani’ para deliberar sobre o destino dela, que pode ser até repudiada.

    Uma semana antes do casamento, os pais dos noivos compram dois punhais. O punhal da noiva geralmente é todo enfeitado com pedrarias e fitas, e o do noivo é mais sóbrio. Ambos são guardados em um lenço de seda vermelha, junto com uma garrafa de vinho ou champanhe.

    Os rituais de casamento geralmente duram de três a quatro dias. O primeiro é da preparação da festa, quando são feitos os assados, escolhidas as frutas, arranjos florais, e a arrumação geral.
    No segundo dia, um grande bolo é feito pela manhã. A noiva põe o vestido de casamento, que deve ser de cor forte. É realizado então o ritual dos punhais. O ‘barô’ apanha os dois punhais e faz um pequeno corte no punho de cada um dos noivos, que assim são unidos e abençoados. O champanhe (ou vinho) serve para fazer um brinde após a cerimônia e o lenço irá envolver os punhais que serão guardados, garantindo assim que o casal jamais se separe (no lugar das habituais alianças dos gadjós).

    A seguir, é oferecido aos noivos um pedaço de pão com sal, simbolizando que, enquanto o pão alimentar e o sal tiver sabor, o casal permanecerá unido. Depois os noivos recebem uma taça de cristal fino com vinho, e ambos bebem e depois quebram a taça. O gesto simboliza que em todas as adversidades o casal permanecerá unido, nunca se ‘quebrando’ como a taça. Depois dessa cerimônia todos os convidados comem do bolo. Os homens rasgam as camisas, as mulheres recolhem dinheiro para o casal começar sua vida e as crianças jogam balas e pétalas de rosas nos noivos.

    A cigana casada é diferenciada por passar a usar o ‘diklô’, ou lenço na cabeça, e é respeitada por isso.

    O terceiro dia ou mais, são os dias do ‘rapa’, onde deve-se comer tudo o que sobrou.


    A MORTE:

    Nós ciganos acreditamos que os que foram ruins em vida, podem ser arrebatados por ‘Arangeloudhã’, uma divindade cigana que castiga os que não foram bons. Por isso, quando um cigano morre, é importante que no enterro se fale dele com afeto e gratidão. Se a morte é esperada (como de pessoa já doente), devemos demonstrar surpresa e pena por essa pessoa não estar mais entre nós. O falecido deverá ser enterrado com pompa, satisfazendo os seus pedidos feitos em vida para essa hora. Ao término do enterro, na casa do finado, é dado um banquete, onde fala-se do finado, e fazem tudo o que ele gostava, como servir os alimentos preferidos, usar as cores preferidas do mesmo, suas histórias e feitos.

    Por um período de 40 dias após o falecimento, o ‘duho’ (alma recentemente morta) permanece na Terra, revisitando os lugares em que viveu, passeou, e vendo como as pessoas estão enfrentando a sua morte. Nesse período, o clã ao qual ele pertencia terá de ter vários cuidados, e todos devem sempre lembrar dele com carinho.

    A ‘pomana’, é uma reunião feita periodicamente para acalmar o espírito; nela são servidos os pratos prediletos do finado. Se ele fumava, pode-se fumar; se ele bebia, também se poderá beber. A tristeza deve ser moderada. A ‘pomana’ é feita sempre com esses mesmos objetivos, porém o tempo de cada grupo é diferente. Se a morte foi de uma criança, o luto é mais intenso e a ‘pomana’ será feita mais vezes.

    A segunda e a terceira ‘pomana’, realizadas por quase todos os grupos, têm por fim objetivos práticos. Por exemplo, se um chefe de família morreu, nesse momento se discutirá como a viúva irá ter seu sustento; se quem morreu foi uma criança, o grupo irá dar força à mãe; se foi uma ‘shuvani’ (cigana feiticeira), será escolhido quem vai substituí-la, o mesmo com ‘barôs’, e ‘bábas’ dos clãs, e assim por diante.


    A SLAVA

    Toda criança cigana tem seu santo protetor, escolhido por seus pais e avós. E todo ano é feita uma grande festa no dia do santo protetor, em agradecimento e homenagem a ele. Este ritual é conhecido como ‘slava’.

    Nesse dia convidamos os parentes e amigos. A festa começa ao meio-dia, quando todos os convidados já estiverem no local, na tsara armada para a festa. No centro da mesa é colocada a imagem do santo com uma vela ao lado. Oferecemos flores, poquatá (pão redondo, que pode ser uma broa), vinho, frutas e incenso.

    Depois de acesa a vela, começam as festividades: o pai e a criança giram o pão e recitam rezas de agradecimento. O avô parte o pão em quatro partes e derrama vinho sobre elas, que são beijadas por pai e filho. A seguir, o pão é recolocado na mesa.

    As festividades normais vão acontecendo até as dezoito horas.

    Às dezoito horas renovam-se os agradecimentos, desta vez com a participação de todos os convidados, que fazem pedidos ao santo. A vela é apagada, e a seguir os presentes dividem o pão bento entre si, e enquanto comem, fazem seus pedidos em segredo. Depois desse ritual, continuam a festejar como quiserem, com mesa farta, danças, músicas, etc.

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      Data/hora atual: Seg Jul 01, 2024 7:55 am