Já diz o poeta: “É preciso saber viver!”. Sim, e como é! Nestes últimos dias venho pensando muito nesta pequena-imensa frase, propondo a mim reflexões que hoje transponho neste espaço. Diante de tais reflexões fica, mais uma vez, claro como água límpida o que sempre digo aos que me rodeiam: os ensinamentos de nossa Cultura e Religião não devem somente ser lembrados em dias sagrados ou “afins”, correndo-se o risco de tropeçar no dia a dia por falta de uso. Devem sim, com certeza!, serem utilizados em absolutamente todos os momentos, curtos ou longos, de nossa existência. Apenas desta forma honraremos nossos Deuses e as crenças sobre as quais caminhamos.
Quando a recíproca é verdadeira, ou seja, quando nós estamos na Religião e a Religião está dentro de nós, acaba-se compreendendo – por vias retas ou tortas – o que é viver, e mais: acaba-se compreendendo que é preciso saber viver.
Saber viver implica em absorver estes dois verbos sem conjunção que os ligue, pois ambos se completam em sua essência – vida e sabedoria, afinal, são duas forças altamente flamejantes que impulsionam os espíritos buscadores.
Saber viver é, antes de qualquer coisa, saber ouvir. Saber ouvir quando nos é e quando não nos é conveniente; quando as palavras soam doces ou amargas; quando os sons são amistosos ou ofensivos. Assim, ouvindo o que o mundo tem a nos dizer, conseguiremos compreendê-lo e também a nós próprios. Afinal, não compreenderemos o mundo através apenas da visão de maravilhas e catástrofes, mas sim através da voz dos filhos do mundo, que traduzem a voz dos Deuses que nos geram e impulsionam.
Saber viver é ter a capacidade de perdoar – não somente ao outro, mas também e principalmente a nós mesmos, nos desprendendo de amarras de brilhante invisível que podem consumir energias preciosas quando não sabemos lidar com nossos próprios erros. Por que perdoar o outro parece tão mais simples?
Saber viver é aprender a estender a mão àquele que precisa, independente do que possamos receber em troca (independente do tamanho do bolso ou círculo social de quem recebe nossa ajuda). É ver e sentir num gesto simples a magnitude divina do companheirismo e da integridade por eles mesmos – sem máscaras; sem luvas.
Saber viver é ver no presente erro um futuro acerto, e não um fracasso sem tamanho. É abraçar uma árvore não porque alguém disse que é bonitinho, mas porque ela (a árvore) e você sentiram a atração que apenas dois corpos quentes e vivos podem sentir um pelo outro. É fazer parte de uma Cultura, de uma Senda, não por status barato e sem fundamento, mas para compreender sua essência, deixando que a própria invada todos os nossos sentidos. É olhar para uma criança e conseguir enxergar com olhos, ouvidos e pele a Luz Divina que habita os seres iluminados e delicados por natureza. É acordar de manhã com o Sol batendo à janela e agradecer por mais um dia de aprendizados que está por vir. É contemplar a Lua no alto do céu escuro e deixar que Ela acomode dentro de nós tudo o que vivemos na intensidade do Sol. É sorrir quando se está exausto. É chorar quando se está feliz. É ver as pessoas como pessoas, não como possibilidades. É andar com os próprios pés, soldados aos próprios valores, não se apegando a frases e pensamentos alheios só porque a maioria os aceita. É honrar a vida que se forma e se transforma à nossa frente todos os dias, sem falsas ideologias.
Neste período pré Beltane, embalada pelo canto dos pássaros em todas as manhãs, venho trazer este tema a todos os amigos que acompanham este espaço:
Viver é uma dádiva. Saber viver é o suprasumo desta dádiva.
Abençoados sejam pela fertilidade dos Deuses e de toda a Natureza!
Honda
ESCORPIÃO.2010
Quando a recíproca é verdadeira, ou seja, quando nós estamos na Religião e a Religião está dentro de nós, acaba-se compreendendo – por vias retas ou tortas – o que é viver, e mais: acaba-se compreendendo que é preciso saber viver.
Saber viver implica em absorver estes dois verbos sem conjunção que os ligue, pois ambos se completam em sua essência – vida e sabedoria, afinal, são duas forças altamente flamejantes que impulsionam os espíritos buscadores.
Saber viver é, antes de qualquer coisa, saber ouvir. Saber ouvir quando nos é e quando não nos é conveniente; quando as palavras soam doces ou amargas; quando os sons são amistosos ou ofensivos. Assim, ouvindo o que o mundo tem a nos dizer, conseguiremos compreendê-lo e também a nós próprios. Afinal, não compreenderemos o mundo através apenas da visão de maravilhas e catástrofes, mas sim através da voz dos filhos do mundo, que traduzem a voz dos Deuses que nos geram e impulsionam.
Saber viver é ter a capacidade de perdoar – não somente ao outro, mas também e principalmente a nós mesmos, nos desprendendo de amarras de brilhante invisível que podem consumir energias preciosas quando não sabemos lidar com nossos próprios erros. Por que perdoar o outro parece tão mais simples?
Saber viver é aprender a estender a mão àquele que precisa, independente do que possamos receber em troca (independente do tamanho do bolso ou círculo social de quem recebe nossa ajuda). É ver e sentir num gesto simples a magnitude divina do companheirismo e da integridade por eles mesmos – sem máscaras; sem luvas.
Saber viver é ver no presente erro um futuro acerto, e não um fracasso sem tamanho. É abraçar uma árvore não porque alguém disse que é bonitinho, mas porque ela (a árvore) e você sentiram a atração que apenas dois corpos quentes e vivos podem sentir um pelo outro. É fazer parte de uma Cultura, de uma Senda, não por status barato e sem fundamento, mas para compreender sua essência, deixando que a própria invada todos os nossos sentidos. É olhar para uma criança e conseguir enxergar com olhos, ouvidos e pele a Luz Divina que habita os seres iluminados e delicados por natureza. É acordar de manhã com o Sol batendo à janela e agradecer por mais um dia de aprendizados que está por vir. É contemplar a Lua no alto do céu escuro e deixar que Ela acomode dentro de nós tudo o que vivemos na intensidade do Sol. É sorrir quando se está exausto. É chorar quando se está feliz. É ver as pessoas como pessoas, não como possibilidades. É andar com os próprios pés, soldados aos próprios valores, não se apegando a frases e pensamentos alheios só porque a maioria os aceita. É honrar a vida que se forma e se transforma à nossa frente todos os dias, sem falsas ideologias.
Neste período pré Beltane, embalada pelo canto dos pássaros em todas as manhãs, venho trazer este tema a todos os amigos que acompanham este espaço:
Viver é uma dádiva. Saber viver é o suprasumo desta dádiva.
Abençoados sejam pela fertilidade dos Deuses e de toda a Natureza!
Honda
ESCORPIÃO.2010
