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    REFLEXÕES SOBRE O CARMA - artigo de julho.10 em covenanimus.com

    Bruxa Honda
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    Mensagem  Bruxa Honda Dom Jul 25, 2010 11:01 pm

    REFLEXÕES SOBRE
    o carma


    Cada um de nós escolheu vir a este plano, com uma missão cármica. Escolhemos nascer de novo e evoluir. Nossa vida e todos os problemas que ela nos traz, foram escolhidos por nós junto aos Senhores do Carma. Ninguém escolheu algo que não possa cumprir. Assim, escolhemos vir para resgatar um carma principal.

    Este Carma principal, ao ser resgatado, vai determinar o encerramento de um ciclo evolutivo. Afora o Carma principal, que é o determinante de uma encarnação, existem também os Carmas secundários ou acessórios e que deverão ser resgatados em parte.

    À medida em que vamos, através do uso de diversos corpos materiais, durante diversas existências, brunindo nosso Corpo Espiritual interior, os Carmas secundários irão desaparecendo até ficarmos na última esfera de encarnação quando, ao resgatarmos o último Carma, não mais voltaremos sob forma matéria.

    Aí então, começará o ciclo dos Carmas Espirituais.

    Mas, dentro do Carma determinante desta encarnação, temos que cumpri-lo subordinados a um determinado Raio ou Esfera, cada um deles comandado por um Mestre Ascensionado. Para alguns pode ser o Raio do Amor ao próximo, para outros o Raio do Conhecimento Científico ou o Raio da Arte, Raio do Ritual e tantos outros que existem conforme a determinação dos Grandes que governam os sete Raios.

    Também os Carmas acessórios ou secundários são resgatados em suas partes permitidas dentro de um determinado Raio, que nem sempre será o mesmo Raio do Carma Principal. Muitas vezes, nós nos surpreendemos quando descobrimos que temos, dentro de nosso íntimo, opiniões conflitantes sobre assuntos extremamente semelhantes. Pode ser que nosso envolvimento com um determinado assunto seja feito sob a tônica de um Raio e outro assunto, sob a luz que brilha em outro Raio, em função de vivências anteriores.

    Da mesma maneira, duas pessoas que tenham um Carma em comum para resgatar, podem estar dentro de um mesmo Carma principal de resgate mútuo, agindo sob a luz de diferentes Raios. Com isto entendemos porque um casal, embora um ame desesperadamente ao outro, são completamente dessemelhantes em assuntos banais da vida doméstica.

    Um Carma marca, fere, deixa cicatrizes tão profundas que muitas vezes, diversas existências mais tarde, as mesmas ainda doem ao depararmo-nos com situações semelhantes àquelas que as geraram.
    Quando ingressamos em um grupo passamos a fazer parte de um Carma coletivo, que deverá ser resgatado pelo grupo. Nenhum grupo surge ao acaso. Todo e qualquer grupo, tem uma função a cumprir junto. Para alguns, uma missão mais longa, um tempo maior junto ao grupo. Para outros, um tempo menor.

    Muitos irão orientar e muitos serão orientados. Ninguém será sempre orientador ou sempre orientado. O que para uns pode parecer banal, para outros é extremamente complicado. A verdade de cada um dos participantes do grupo será um pedaço da verdade do grupo, será como uma das cores do espectro formado por um prisma quando é exposto à luz do sol.

    No Carma coletivo do grupo, todos estarão sob a regência de um mesmo Raio, embora este não seja, necessariamente, o mesmo Raio principal de cada um. Muitas vezes, dentro de um Grupo de trabalhos espiritualistas, encontramos alguns que se afinizam mais com o tipo de trabalho realizado pelo Grupo, do que outros. Estes têm como Raio principal o mesmo Raio coletivo do Grupo.

    É claro que todo o grupo da Senda da Direita é fundado por alguém que se dispõe a realizar uma nobre missão buscando outros que, partilhando os mesmos ideais, construam juntos uma senda de progresso. Neste caso, o Raio coletivo vai depender principalmente do Raio de quem fundou o Grupo, bem como dos Raios de seus Mentores Espirituais. Afinal, é uma parte do fundador que está sendo transformada para fundar o Grupo.

    É o amor que tudo transforma que está sendo doado para a formação de um Grupo, é parte de uma vida, de um sonho, é o partilhamento de um ideal para realização de algo em que o todo será maior do que a soma das partes. Com o passar do tempo, o Raio do Grupo, que era uma cintilação orientada do Raio de seu fundador, começa a passar por uma sutil gradação. Na medida em que os trabalhos do Grupo vão se repetindo, que novos elementos entram para o Grupo, na medida em que o amor dos elementos do Grupo por seus mentores vai aumentando, em que a comunhão de pensamentos entre todos vai crescendo, o Raio vai se modificando. Começa a surgir um duplo Raio onde um apenas é conhecido e o outro, é um reflexo em outros planos dimensionais.

    E assim, alimentado pelo Vórtex da Egrégora, nasce um Deva, um Dijn, um Gênio, um Anjo da Guarda, ou qualquer outro nome que se queira dar para designar o mesmo tipo de ser. Existem muitas maneiras, em diversas línguas, para mostrar o nascimento de uma força viva.

    Esta Força, ou melhor, este Ser, com o passar do tempo vai ficando cada vez mais forte, até chegar ao ponto em que os Mestres Espirituais decidem que o Grupo pode ser testado mais arduamente. É como uma mãe que vendo seu filho ensaiar os primeiros passos, sabe que, um dia, tem que soltar sua mão para que o mesmo possa caminhar sozinho. São muitos os tropeções, são muitas as quedas que tivemos em nossos primeiros passos de crianças recém nascidas. No entanto, estamos tão acostumados a caminhar sozinhos que dificilmente nos lembraremos das quedas da primeira infância. Mesmo depois de adultos, diversas vezes uma pedra inesperada, em um caminho que julgávamos conhecer perfeitamente, nos faz cair ao comprido no chão. E assim mesmo, se não houverem danos físicos maiores, rapidamente nos esqueceremos das quedas físicas que tivermos.

    No caminho da espiritualidade, vamos tropeçar e cair inúmeras vezes, tanto individual quanto coletivamente. E a pior queda é aquela que nos pega desprevenidos, desatentos, orgulhosos, achando que já subimos tudo o que tínhamos de subir. Ai então vem a mágoa, a revolta, a sensação de que tudo foi injusto, imerecido. E isto ocorre não só a um, entre diversos, ocorre também muitas vezes ao Grupo todo, ao achar que já atingiu um grau muito alto na sua senda de busca. Só o tempo, senhor da razão e grande nivelador, é quem pode resolver, curar, ajudar a esquecer. O tempo e a humildade. E muito provavelmente vamos tornar a esquecer e cair, a esquecer e cair.

    É muito perigoso começarmos a caminhada de nossa busca da Verdade por um grupo que não seja o nosso. Existem, nas diversas correntes espiritualistas do planeta, compromissos que devem ser assumidos em cada uma delas e que devem ser feitos no seu devido tempo. Assim, teremos assumido parte de um Carma coletivo que ainda não estávamos preparados e que poderá nos prejudicar. Teremos assumido compromissos com Mentores, que não poderíamos ter feito.

    A uma criança recém nascida não se dá uma noz para comer, pois a mesma não tem dentes. Nem tão pouco se dilui a noz no leite porque suas proteínas são muito fortes para um organismo tão delicado.

    Espiritualmente, ao ingressarmos em um grupo, somos quase como bebês de colo. Sendo assim temos que, gradativamente, ir desenvolvendo nosso organismo para acompanhar o Vórtex energético e suportar as forças espirituais com que vamos trabalhar.

    O Vórtex energético formado pela união de pensamentos dos membros de um grupo, além de servir de canal de comunicação com os Mentores de outros Planos, é também o alimento do Deva ou Ser Protetor gerado pelo grupo. Este Vórtex é formado pelo Raio do grupo, somado às parcelas ressonantes de cada um dos membros naquele Raio.

    Todos nós, que caminhamos na Senda, respondemos, em maior ou menor grau, a todos os Raios. Esta nossa parcela que vibra no Raio do Vórtex é que constitui nossa contribuição para o mesmo. E, como dissemos anteriormente, aqueles que têm como Raio principal o mesmo Raio coletivo do Grupo, vibrarão com maior intensidade.

    O formato do Vórtex é, aproximadamente, o de uma hélice cilíndrica, formada por largos feixes de energia que se interpenetram nas diversas voltas da Espiral. No Vórtex, os diversos feixes largos de energia são formados por vários feixes finos, que correspondem aos feixes individuais de cada membro do grupo. O caminho evolutivo de alguém dentro do grupo, não é necessariamente, o de ter de percorrer o Vórtex em todas as voltas da hélice.

    Muitas vezes, podemos pular diversos níveis, para em seguida retroceder alguns. Isto não quer dizer que falhamos. Significa apenas que após havermos, por força de nosso resgate cármico, acumulado alguma quantidade de energia, devemos, ao voltar, descarregar esta energia para alimentar o Vórtex e haver uma perfeita harmonização com o nível em que ficarmos.

    Nenhum de nós é totalmente positivo ou totalmente negativo. Na verdade, oscilamos bastante entre um e outro lado. O movimento desta oscilação cria a terceira coluna, que gera a força ascensional. Mesmo os magos negros da senda da esquerda, precisam oscilar no lado branco para poderem realizar seus nefandos trabalhos. Um grande Avatar da Senda da Direita também tem seu lado escuro. Mas, neste caso, Ele o conhece, domina e transforma sua energia para o lado branco por meio da inversão quântica espiritual do spin da mesma.

    Também no Vórtex de um grupo existe esta oscilação. A mesma pode ser descrita como a Árvore da Vida da Cabala, as duas Colunas de uma Loja Maçônica, o Deus Janus de duas faces, as duas serpentes entrelaçadas no caduceu de Mercúrio, as correntes internas Îda e Pîngala e tantas outras maneiras de descrição, quantas sejam as correntes espirituais do planeta.

    E, se atentamente olharmos para dentro de nós, em um nível microscópico, a veremos também na dupla hélice de nosso código genético, pois como já dizia Hermes Trimegisto, o grande, “O que esta em cima é como o que está embaixo, assim como é no micro, também o é no macrocosmo”.
    Então, meus queridos irmãos e irmãs, lembremo-nos sempre, que somos feitos de poeira de estrelas, que somos feitos da mesma energia da qual tudo foi criado. Deus, e o universo inteiro, se reproduzem dentro de cada um de nós...


    EXERCÍCIO:

    Bem, espero que vocês tenham continuado a fazer os exercícios anteriores. Hoje, sugiro a vocês um dos exercícios do Ch’i-Kung, uma prática milenar chinesa que envolve exercícios físicos, respiratórios e de movimentação corporal, como forma de manipular a energia vital (Ch’i, Ki ou Prana). Segundo algumas escrituras chinesas, o Ch’i-kung já era praticado há cerca de 10.000 anos, como forma de conservar a própria saúde e curar os outros. O termo pode ser traduzido como ”exercícios de energia”.


    CIRCULAÇÃO DO PEQUENO UNIVERSO

    Sentado ou de pé, com os braços ao lado do corpo, se visualiza uma bola brilhante, semelhante a um sol nascente, no ponto entre as sobrancelhas (Yin-t’ang) e se faz com que ela percorra o interior do crânio (T’ao-tao), em linha reta, em direção à base do crânio e volte à sua posição inicial, entre as sobrancelhas. Repete-se esse processo por diversas vezes até que se tenha claro a existência de um eixo energético entre esses dois pontos. Então, do ponto médio desse eixo, se faz a bola ascender até o topo da cabeça (Ni-wan) e daí, pela linha mediana do corpo, descer pela face anterior, e, no períneo, se voltar posteriormente acompanhando o trajeto ascendente da coluna até voltar ao ponto inicial.

    Durante o trajeto, a bola deve parar, por dois segundos, em alguns pontos chaves: no Yin-t’ang, no T’an-chung (Chakra acessório do coração), no Shan-chueh (umbigo), no Tan-t’ien inferior (quatro dedos abaixo do umbigo), no Shang-Kiang (ponta do cóccix), no centro do sacro, abaixo da quinta vértebra lombar, no Ming-men (abaixo da segunda vértebra lombar), abaixo da nona torácica, abaixo da quinta torácica, abaixo da sétima cervical, no T’ao-tao (abaixo da base do crânio) e no Ni-wan (topo da cabeça).

    Pode-se, então, repetir ou não esse ciclo, contanto que o ciclo termine no Tan-t’ien inferior, momento em que se pousa ambas as mãos sobre esse ponto, para abraçar essa energia com a mão direita por sobre a esquerda.

    Até o mês que vem.

    Pax et Lux per omni in urbis et orbis.

    Awen!

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